Me perco no que chamo de pensamento,
me perco no que chamo de realidade,
me perco ao atravessar a rua de braços dados com a solidão,
me perco ao virar a esquina,
por que não vejo mais meu ponto de partida!
Me acho no que chamo de sonho,
me acho no que chamo de conquistas,
me acho ao olhar o por do sol,
me acho na lua que ilumina minhas noites sozinho!
Sinto meu corpo incompleto,
sinto que tudo que tenho não me pertence,
tudo que quis ser, hoje não quero mais,
tudo que quero ser, amanha serei,
depois vou querer ser o que fui ontem.
Minha aparência padece,
meus erros condenam meus acertos,
o envelhecimento precoce da minha essência é inevitável,
meus olhos já não brilham mais.
Sinto minha alma transbordando sentimentos irreconhecíveis,
sinto que a alma ainda está em meu corpo,
sei que tudo que fui foi um aprendizado para eu ser quem sou hoje,
sei que tudo que sou hoje vai me ensinar a ser quem serei.
Sempre que me perco me acho em meio aos perdidos,
sempre que me acho me perco e volto a andar com a solidão.
Em uma das mãos levo comigo meus sonhos,
na outra levo minhas conquistas,
na bolsa levo a bagagem de uma vida conturbada e cheia de provações,
minhas pernas caminham sempre para um objetivo,
meus olhos voltam-se ao passado procurando enxergar as lições
para que no futuro eu tenha apenas a necessidade de olhar para o presente.
By: Davidson Soares
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